Tomás Antonio Gonzaga - - - Marília de Dirceu

Tomás Antônio Gonzaga nasceu no ano de 1744 em Porto, Portugal. Filho de João Bernardo Gonzaga e Tomásia Isabel Gonzaga.

Passou boa parte de sua infância no brasil, até retornar à Portugal para terminar seus estudos. É formado em direito pela Universidade de Coimbra.

Retornou ao Brasil em 1782, e se mudou para Vila Rica (MG - futuramente chamada de Ouro Preto). Cidade onde conheceu e se apaixonou por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, de 17 anos idade, que se tornou a musa que inspirou os tão conhecidos versos de "Marília de Dirceu".

Embora houvesse todo tipo de oposição a esse relacionamento entre os dois, o mesmo começou a se desenrolar, porém antes do casamento entre os dois, Gonzaga foi acusado de participar da Conjuração Mineira (Ou inconfidência Mineira, que de fato Gonzaga esta envolvido). Ele foi preso e conseguiu escapar da pena de morte, tendo em troca que ser exilado para Moçambique, onde ele se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas. Gonzaga morreu em 1810, com seus 66 anos nesta mesma cidade na África.

Suas obras pertencem ao Arcadismo, com o tema de vida no campo, calmaria e simplicidade. E sua obra mais conhecida, já citada anteriormente, Marília de Dirceu, é escrita em versos dedicados à sua pastora amada, Marília (na verdade Maria Dorotéia) pelo Dirceu (que é o próprio Tomás Antônio Gonzaga).

A obra é dividida em partes. Primeira parte é a parte da 'alegria', onde o poeta fala sobre a felicidade do momento e declara seu amor a Maria Dorotéia, onde tudo é belo e bonito e ele só pensa na vida dos dois juntos na natureza.

Segunda parte, o autor encontra-se preso  a espera de sua sentença, e nessa parte da obra tudo é triste, melancólico e desesperançoso. 

Há ainda uma terceira parte da obra, mas muito se discute a respeito de quem seria o autor da obra, se seria o próprio Gonzaga, ou outro poeta próximo a ele.   

Cartas chilenas. Uma coleção de doze cartas, com poemas satíricos em Vila Rica, envolvendo acontecimentos da Inconfidência Mineira. Também escritas com alcunhas. "Foi assinada por Citilo, habitante de Santiago do Chile e endereçadas a Doroteu, e contava sobre um governador, Minésio" (na verdade assinada por Tomás Gonzaga, habitante de Vila Rica e endereçadas a Cláudio Manual da Costa, e contava sobre um governador, Luís da Cunha Meneses)