Movimento literário que começou em Paris, representando em suas poesias o positivismo e o científico da época. O nome vem Monte Parnaso, um local que era, na mitologia grega, dedicada a Apolo.
Seus autores queriam recuperar a estética da antiguidade clássica.
Caracterizado pelo grande respeito e seguimento das regras da estéticas, com versificação, dando um ritmo, usando estruturas fixas como por exemplo os sonetos, valorizando e colocando muito rimas raras. Reduzem muito o uso de linguagem figurada, e voltam a valorizar o exotismo e a mitologia. Descrever com tantos detalhes para que quem estiver lendo tenha a exata sensação de quem escreve e tão importante, os parnasianos faziam "arte pela arte", eles diziam que a arte devia existir por si só.
Características
Preciosismo: dá um grande foco em um detalhe e como cada objeto é único então eles utilizam rimas ricas e raras.
Objetividade e impessoalidade: O poeta descreve as coisas do modo exato como elas são, sem mudar nada, sendo assim contraria ao romantismo.
Arte Pela Arte: A poesia vale por si só, se justificando então pela sua beleza.
Estética: A estética tem um valor muito grande, de tal modo que o poeta busca em sua poesia uma forma tão perfeita que por muitas vezes nem ele mesmo consegue.
Então você me pergunta o que seria uma estética perfeita?
-São poesias que seguem padrões a risca, são eles:
Rimas Ricas: Tentam ao máximo não usar palavras da mesma classe gramatical. Usando muito o esquema de rimas do tipo "ABAB" em estrofes de quatro versos, mas isso não impede que eles usassem rimas interpoladas.
Valorização dos Sonetos: Utiliza-se muito os sonetos, que seria um poesia escrita em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos (dois quartetos e dois tercetos).
Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas tinha que ser exatamente o mesmo em cada verso, sendo que os que mais apareciam era os com dez (decassílabos) ou doze sílabas(versos alexandrinos).
Descritivismo: A maioria das poesias parnasianas são baseadas em objetos, dos quais eles sempre tiram uma descrição muito bem detalhada, por exemplo em obras como: "A Estátua", "Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de Alberto de Oliveira.
Temática Greco-Romana - Embora o foco central da preocupação parnasiana está na estética, eles usavam também bastante referencias a temas da antiguidade clássica e mitologia, por isso que alguns textos descrevem deuses e heróis que são marcados pela história.
Os parnasianos enxergam o homem que está preso à matéria, então sem a possibilidade de libertar-se do determinismo, e ficam então com o pessimismo.
No Brasil
A importância deste movimento no Brasil não é somente pelo grande numero de poetas mas também porque os modelos estéticos sempre dominaram a literatura do pais, então tinham muita força aqui.
Começa a ganhar foça e de fato se expande quando o Romantismo acaba de fato, ele já estava ficando muito fraco, entre 1870 e 1880 buscando por novos modelos de arte, tendo como inspiração os ideais positivistas houve as primeiras manifestações e acabou por se juntar no Parnasianismo. O Parnasianismo começou aos poucos e enfim ganhou força com Alberto de Oliveira e Olavo Bilac.
O Parnasianismo brasileiro, mesmo com grande influência do Parnasianismo francês, não é uma reprodução fiel dele, porque não obedece à mesma preocupação de objetividade, de cientificismo, fugindo do sentimentalismo romântico.
A tríade parnasiana Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, não foram os únicos poetas no Brasil, tiveram outros como Vicente de Carvalho, Machado de Assis, Luís Delfino, Bernardino Lopes, Francisca Júlia, Guimarães Passos, Carlos Magalhães de Azeredo, Goulart de Andrade, Artur Azevedo, Adelino Fontoura, Emílio de Meneses, Antônio Augusto de Lima, Luís Murat e Mário de Lima.
Em 1890, o Simbolismo começou a ficar maior que o Parnasianismo. Como o modo de escrever eram parecidos, ele foi além de seus limites do tempo chegando a ficar paralelo ao Simbolismo.
O poder dos poetas parnasianos, no final do século XIX, conseguiu fazer de seu movimento, a escola oficial das letras no país por um longo tempo, para isso excluindo os Simbolistas da Academia Brasileira de Letras, em 1896.
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Edson